Há 33 minutos
As primeiras cidades beneficiadas serão as que decretaram situação de emergência

Foto: Evandro Seixas/ SES-AM
O Governo do Amazonas começa a enviar nesta semana kits de medicamentos e produtos destinados a saúde (PPS) para Apuí, Boca do Acre, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Manicoré e Novo Aripuanã, onde as prefeituras decretaram situação de emergência por causa da cheia. São cerca de 100 itens que vão reforçar o abastecimento das unidades de saúde desses municípios, garantindo a assistência da população no período de enchente dos rios.
O envio de medicamentos faz parte da Operação Cheia 2025 e uma das ações do plano de contingência da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). Os kits têm previsão para sair de Manaus a partir desta quinta-feira (24/04).
Segundo a secretária da SES-AM, Nayara Maksoud, cada município irá receber dez kits de medicamentos com capacidade de atender até 500 pessoas. “Os kits por município estão sendo montados na Central de Medicamentos do Amazonas (Cema). A previsão é que se consiga alcançar, em média, 35 mil cidadãos nesses sete municípios”, enfatizou.
“Nós estamos enviando itens como ácido acetilsalicílico (AAS), adrenalina, cloreto de sódio 0,9%, dipirona injetável, compressas de gases, equipo macrogotas, luvas de procedimento e máscaras, dentre outros. O objetivo é a manutenção dos serviços essenciais, ambulatoriais de urgências e emergências básicas”, explicou a titular da SES.

Foto: Evandro Seixas/ SES-AM
Outras ações
Neste mês de abril, a SES-AM entregou à prefeitura de Manicoré (a 332 quilômetros de Manaus) uma usina de oxigênio com capacidade de produzir 30 metros cúbicos por hora, para atender o hospital do município. O equipamento vai substituir a usina atual, que tem capacidade de produzir 12 mil metros cúbicos de oxigênio por hora.
Na semana passada, foram enviados para o município de Apuí (a 453 quilômetros de Manaus), seis cilindros de oxigênio para servir de backup, considerando que o hospital local possui usina. Também foram enviados medicamentos e insumos hospitalares.
A SES-AM também criou um Painel de Bordo para monitorar, em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), os principais indicadores e agravos.

Foto: Evandro Seixas/ SES-AM
“Tanto a assistência quanto a vigilância trabalham de forma integrada no monitoramento dos principais agravos que, no período da enchente, são, principalmente, as doenças de veiculação hídrica, como leptospirose, doenças gastrointestinais e hepatites”, destaca a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.
Em parceria com a FVS-RCP, a SES-AM assinou uma nota técnica com orientações aos municípios quanto à adoção de medidas preventivas a possíveis demandas, disponível para consulta no site da Fundação (www.fvs.am.gov.br). Também foi emitido alerta epidemiológico para risco de aumento de casos de leptospirose, com orientações aos municípios.