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Projeto incentiva que alunos compartilhem seus talentos como forma de estimular a assiduidade escolar
Nos últimos dois anos, professores e alunos da Escola Estadual (EE) Ernesto Pinho Filho, localizada no bairro Nova Cidade, encontraram uma maneira de tornar a presença às aulas das sextas-feiras ainda mais indispensável. Com apresentações musicais envolvendo canto e dança, o projeto “Intervalo cultural”, idealizado pelo professor de Língua Portuguesa, Rodrigo Castro, utiliza o horário do lanche para a realização de verdadeiros shows tanto de alunos, quanto de professores.
Na sexta-feira (23/05), o projeto completou dois anos de existência, com uma programação estendida para a comemoração. Incentivando um protagonismo ainda maior dos alunos na unidade de ensino, a escolha da forma de arte a ser apresentada fica à critério do estudante, e, com a companhia dos colegas de sala de aula, grande parte deles se sentem encorajados a mostrar seus talentos artísticos.
“A partir do momento que eles tocam, cantam, declamam poemas, eles se sentem muito à vontade, o que torna o ambiente leve. Alguns alunos têm o período em que se sentem fadigados com a escola, não querem vir, então o projeto passou a ser um incentivo maior, trabalhou a comunicação, e até mesmo a vontade de estar dentro da escola”, afirmou o professor Rodrigo Castro.
FOTO: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
Por estar interligado ao horário em que os alunos têm o intervalo para lanchar, nesta sexta-feira, além das apresentações musicais, a escola também incluiu um momento de degustação dos alimentos que são servidos para os alunos como merenda escolar. Para a diretora da unidade de ensino, Carla Monteiro, o projeto atingiu seu objetivo de tornar a escola o local favorito dos estudantes.
“Os alunos se empenham, vem, ensaiam, eles ficam esperando a sexta-feira para que aconteça o intervalo cultural. Os professores também participam, os professores cantam, dançam, então esse é um projeto muito importante para os nossos alunos e para a nossa busca ativa”, ressaltou a diretora.
Música como forma de expressão
FOTO: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
Durante a tarde, alunos de todas as turmas realizaram apresentações musicais que foram de ritmo gospel a carimbó. A aluna Kamilly Albertina, do 3º ano, ensaiou com as amigas por três semanas para a apresentação ao ritmo de boi bumbá. E a aluna Larissa Gabrielly, 12, do 7º ano, se apresenta desde o primeiro intervalo cultural realizado na escola e conta que sempre gostou de cantar, mas foi graças ao projeto que perdeu a timidez de se apresentar em público. Hoje, conhecida por boa parte dos alunos, ela canta com uma plateia animada.
“Eu me sinto muito bem, é uma forma de como eu me expresso. Eu acho incrível porque às vezes eu também incentivo outras pessoas a cantarem”, declarou a aluna.